quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Baixa do lago de Sobradinho prejudica ribeirinhos.


Entre os meses de abril e maio deste ano, durante o período chuvoso, o lago de Sobradinho atingiu 100 por cento de capacidade de armazenamento de água.
À época, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) informou que o volume acumulado seria suficiente para garantir a produção de energia elétrica por dois anos. Contudo, passados apenas cinco meses, o reservatório enfrenta uma das piores secas da sua história e conta atualmente com apenas 20 por cento de água depositada no seu leito.
O problema ocorre por conta de dois fatores: as chuvas foram fracas nos últimos meses nas regiões Sul/Sudeste, o que obrigou o sistema CHESF a ofertar uma maior quantidade de energia para aquela área e ao mesmo tempo, a estiagem afeta o Norte de Minas Gerais e o Oeste da Bahia, onde ficam as nascentes e os principais afluentes que contribuem com águas para o rio São Francisco.
O lago de Sobradinho foi formado nos anos 70, após o represamento do Velho Chico, com a construção de uma barragem. Trata-se do maior reservatório artificial do mundo com um espelho dágua de 4 mil quilômetros quadrados e 34 bilhões de metros cúbicos, que banha os municípios de Sobradinho, Casa Nova, Remanso, Sento-Sé e Pilão Arcado.
Cerca de trezentas mil pessoas dependem diretamente das águas da represa de Sobradinho, para sobreviverem no Norte da Bahia. A seca traz preocupações quanto ao abastecimento de água nas cidades e áreas interioranas, além de prejuízos à agricultura irrigada e pesca, principais atividades econômicas da região.
O lago de Sobradinho está hoje com apenas 20% da sua capacidade total. É a maior baixa dos últimos cinco anos, segundo a CHESF. A previsão é que o reservatório baixe ainda mais, o que pode comprometer a geração de energia e a qualidade de vida de milhares de pessoas.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

PRÉ-CANDIDATOS EM JUAZEIRO.

Faltando pouco menos de um ano para o pleito de 2008, aos poucos o cenário político vai ficando claro em Juazeiro, com o surgimento das chamadas pré-candidaturas.
O atual prefeito Misael Aguilar ainda não declarou oficialmente, mas tudo indica que ele deve mesmo concorrer à reeleição. Ao se transferir do Democratas, antigo PFL, para o PMDB, o chefe do Executivo Municipal deu mostras da sua disposição em tentar o terceiro mandato, agora com o apoio de uma legenda da base governista nas três esferas, local, estadual e federal.
Tido como o principal adversário de Misael, o ex-prefeito e atualmente deputado federal Joseph Bandeira (PT), já declarou publicamente que não pretende disputar a prefeitura. Joseph tem a intenção de apoiar a sua esposa, a vereadora Flor de Maria (PPS), que por sua vez declara que pretende de fato ser a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita neste município.
Entre os políticos com larga experiência, existem alguns que não podem ser descartados como possíveis postulantes ao cargo maior da cidade, dentre os quais podemos citar: o deputado estadual Roberto Carlos (PDT), o deputado federal Edson Duarte (PV), o ex-deputado estadual Pedro Alcântara (PR) e o ex-vereador Samuel Nascimento (PP).
Outras pré-candidaturas já postas são de pessoas que pretendem disputar sua primeira eleição, a exemplo do secretário de Infra-Estrutura, Habitação e Meio-Ambiente, Edson Tanuri (PSDB), do empresário Isaac Carvalho (PCdoB) e do sindicalista Jorge Queiroz (PMN). Esta seria ala dos possíveis representantes da tão propalada terceira via.
Como são cerca de 10 nomes colocados à apreciação da comunidade até o momento, existe a expectativa de que pelo menos a metade confirme a disposição de concorrer no dia 05 de outubro do próximo ano.
Resta saber, quais de fato são as candidatura prá valer e quais não terão a consistência necessária para sobreviver até as convenções, programadas para junho de 2008.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

PIRACEMA COM CIANOBACTÉRIAS.


- PIRACEMA COM CIANOBACTÉRIAS.
Como ocorre todos os anos, o Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) baixou uma norma determinando o defeso na bacia hidrográfica do rio São Francisco.
A proibição da pesca no período de primeiro de novembro deste ano a 28 de fevereiro de 2008 visa proteger a procriação de diversas espécies, durante a piracema. Nesta época, os cardumes sobem o rio, nadando contra a corrente, num ritual que permite a reprodução dos peixes.
Mas, a cada ano diminui o estoque pesqueiro no Velho Chico. Entre os fatores que contribuem para isso estão: a pesca predatória, a inexistência de escadas nas barragens das usinas hidrelétrica a fim de permitir a subida do rio pelos peixes na piracema, o assoreamento e a poluição.
Neste ano, existe um complicador a mais, a proliferação de cianobactérias, que surgem em grande quantidade desde o rio das Velhas. O problema resulta do despejo de esgotos sem tratamento, agrotóxicos, calor e baixa no volume de água.
A presença de cianobactérias pode comprometer a reprodução dos peixes. Sem oxigenação, inúmeros filhotes ou alevinos podem morrer, comprometendo a perpetuação de algumas espécies, sobretudo aquelas já ameaçadas de extinção como o surubim, o dourado e o piau, também ameaçados por espécies que não são nativas do Velho Chico e se tornaram predadores das nossas espécies.
Nesse período, fica proibida a pesca em grande escala de qualquer categoria, modalidade e petrecho nas lagoas marginais, ao longo do rio e até a distância de mil metros a montante e a jusante das barragens de reservatórios de usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras. Além disso, ficam proibidos os campeonatos, torneios e gincanas de pesca em águas continentais da bacia hidrográfica, desde a nascente até a foz.
O IBAMA informa que aqueles que praticarem a pesca neste período, contrariando as normas restritivas do defeso, estarão sujeitos à perda do produto capturado, à apreensão dos petrechos de pesca e a multa entre R$ 700,00 (setecentos reais) e R$ 100 mil (cem mil reais), com acréscimo de R$ 10,00 (dez reais) por quilo do produto apreendido, além de sofrer as penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais.
Os pescadores profissionais recebem um salário mínimo, durante a piracema, um tipo de seguro-desemprego da pesca, para permitir a sua sobrevivência neste período.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A COPA NA BAHIA


A Copa do Mundo é nossa. Depois de mais de cinco décadas de espera, o Comitê Executivo da Federação Internacional de Futebol (FIFA) confirmou na semana passada, o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.
Com a decisão da entidade maior do futebol mundial, o nosso país volta a receber a competição, realizada pela primeira vez em solo brasileiro no ano de 1950. Agora, começa uma batalha interna, prá saber quais serão as cidades sedes e sub-sedes dos grupos formados pelas 32 equipes que disputarão o torneio.
O Brasil tem até o dia 31 de outubro de 2008 para anunciar quais são as cidades que receberão os jogos. Ao todo, são 18 capitais de todo o país concorrendo à realização das partidas. A Fifa recomenda ao Brasil que escolha apenas dez sedes. No entanto, devem ser indicadas 12 localidades, como nas Copas de 2006, na Alemanha e de 2002, no Japão e na Coréia do Sul.
As candidatas são pela ordem alfabética: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Nestas cidades, 14 estádios devem ser reformados para o mundial. Em outras quatro, as arenas ainda serão construídas, todas no Nordeste. Em Maceió, será a Arena Zagallo; em Natal, o Estádio Estrela dos Reis Magos; a Arena Recife-Olinda, em Pernambuco e a Arena Bahia, em Salvador.
Caso Salvador seja confirmada como uma das sedes ou sub-sedes da Copa, o que é dado como certo, em razão da pujança da Bahia e da importância do nosso estado, o maior do Nordeste, além de uma nova praça esportiva, serão necessários investimentos em outros setores. Salvador possui dois estádios de grande porte, a Fonte Nova (foto) e o Barradão, com a Arena Bahia, a cidade estará pronta a sediar qualquer evento esportivo internacional.
A copa também deve proporcionar ao estado, investimentos na área de infra-estrutura urbana, na hotelaria, redes de água e saneamento, novas avenidas, melhoria de aeroportos e rodovias, e reforço na segurança pública. Obras que por certo ficarão para a posteridade, em beneficio dos baianos.